quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

É SEMPRE MUITO BOM...

São essas coisas que me deixa apaixonado cada vez mais pelo que faço:

O "mestre" da literatura, 3 anos bem estudados :) Débora Borges

@. NETO .
"Verdadeiramente um Prof. " Bicho Maluco Beleza... kkkkkkkkkkkkk"

ㅤㅤ~~ L ii d ii a ~~ ㅤ ♫ ㅤGôdo meeu ♥
"isso é no IBC?! poxaa que saudadee da minha época!! :( a strip-aula foi m a r a v i l h o s a*-* amoodemaiisfessôôr!"

Luiz
"Professor thundercat do CEARÁ chicletero querido hsuahsusha"

Pedro
"Chicleteiro do CEARÁ!! ♥"

~~ L ii d ii
"-quee saudadeeeeeeee!!!!saudade de vc,das tuas aulas,das tuas resenhas,das tuas palhaçadas,da tua obsessão por Chiclete, do teu mp3 com as melhores batiidas.. enfiim... saudadees do Hélio!!aquele que diz que todo mundo é pobre,mas depois é flagrado comendo churrasquinho de gato!!ah! saudadees daquele abraço,não de aluno e professor, mas de amigo.eeu AmmO VocÊ!! nunca vou te esqueceer!e um dia a gente se bate por aí.. vc com certeza vai fiicar aki [[(L)]] pra sempre! \õ"

J.P.
"Como ninguém é perfeito Hélio teve que optar por ser timbaleiro,mas fora isso sem falsa modesta o cara é foda,seus conhecimentos vão além na literatura e da língua portuguesa, seus conhecimentos são vitais pois não só se trata de ensino colegial mas ensino para a vida como pro exemplo: LIBERDADE IRMANDADE FRATERNIDADE AMIZADE E MAIS DO QUE TODAS AS OUTRAS ESTÁ A OUSADIA.Ele nos ensinou que andar na trilha nem sempre é um bom caminho, nos ensinou a sermos polêmicos e contestar sempre que possível. Por muitos outras prós e contras que eu jamais vou esquecer essa figura carismática , magra , feia , ousada e alegre (timbaleira também,mas isso penso que seja reversível)Espero que eu também faça parte de sua história mesmo que seja em pequena parcela.Abraços do seu aluno(amigo) azulino :)"

Isaac Machado^^
"Grande mestre.... Meu professor e amigo...Pense num fulero, louco e descontrolado, mas é da paz, isso é o q importa...Em pouco tempo construimos uma grande amizade, e sou grato a Deus por ter colocado essa peça no caminho de minha vida...Meu timba amigo... Hélinho jr. Premiun... kkkkkk"

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Hoje resolvi parar para escrever algo sobre meus alunos, resolvi dizer que é sempre muito bom cada segundo que passo perto de cada um, é sempre muito bom saber que estou passando algo que aprendi e sei que vai servir de base.


Às vezes paro e nao consigo me ver em outra profissão, é muito bom ser Professor, pois a recompensa é maravilhosa. Já tenho alguns anos de profissão, mas sempre me surpreendo com cada atitude em sala de aula.


Não sou apenas Professor, sou artista, sou animador, sou Timbaleiro, sou palhaço (mesmo tendo medo rsrsrsrrs).


Meus Anjinhos Timbaleiros, na sala de aula eu me sinto a vontade com cada um de vocês, é como se eu estivesse no meu quarto, a intimidade é geral. Com vocês rola química...
Obrigado sempre por cada momento, por cada aula, por cada peça de roupa tirada em cada questão certa. Por cada A de Timbalada, cada B de Timbalada, cada C de Timbalada, cada D de DVD da Timbalada, por cada E de Timbalada.
HELINHO TIMBALADA














terça-feira, 27 de outubro de 2009

HÁ 87 ANOS, A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922




Há 87 anos, entre os dias 13 e 17 de fevereiro, acontecia a Semana de Arte Moderna de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. Marco da história artística e cultural brasileira, o evento foi pautado pela ruptura e oposição ao conservadorismo que predominava nas artes até então.
Liberdade de expressão, abandono de "regras" artísticas e valorização do que era originalmente nacional, de raízes brasileiras, impulsionando o Modernismo no Brasil.Pintura, escultura, poesia, literatura e música ocuparam o Teatro Municipal numa manifestação coletiva integrada por nomes como: Anita Malfati, Di Cavalcanti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Victor Brecheret, Menotti Del Picchia, Graça Aranha, Manuel Bandeira, Antonio Garcia Moya, Guiomar Novaes, Villa-Lobos entre outros.O Municipal, alugado por mais de 800 mil réis (com "patrocínio" do ricaço Paulo Prado, que convenceu outros barões do café e apoiar o evento), recebeu exposições, noites literárias, palestras, apresentações musicais e até suas escadarias foram palco dos "revolucionários" da arte em 1922.




domingo, 11 de outubro de 2009

2016 - ILUSÃO DE MÍDIA

Assistir televisão nas últimas semanas tem me incomodado, pois desde que foi dado o resultado sobre as olimpíadas a mídia esqueceu de tantos outros fatos que são bem mais urgentes em nosso país. Passamos a viver em prol de uma olimpíada que ainda vai acontecer em 2016.
Pessoas, temos que acordar para a nossa realidade, precisamos olhar para nosso lado e ver as criaturas que estão sofrendo com fome, sem moradia, sem educação.
Honestamente, gostaria de saber porque esquecem sempre desse povo marginalizado.
Tudo bem que o esporte vai divulgar nosso país, mas tenho certeza que seria bem melhor comemorar a queda da violência e o alto índice de alfabetizados.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Reencontrar Alguém que não se vê há mais de um ano é maravilhoso!!!

No final de semana que passou tive a honra de estar ao lado de uma pessoa que considero irmã, amiga, e companheira de muitas alegrias. Carolzinha, foi muito bom olhar para trás naquele momento e sentir sua presença, não acreditei quando virei e vi seu sorriso maravilhoso e espontâneo, nao acreditei quando recebi um abraço seu e ouvi aquela maravilhosa gargalhada, que sempre digo que é inconfundível.
Poxa vida, você não imagina como me deixou feliz naquele momento, você trouxe mais brilho àquela festa, porque com você é bem melhor.
A distância nos separou, mas sei que é por motivos profissionais, mas sempre tenho você em meu pensamento, pois como você mesmo diz: "Foi amor a primeira vista".
Bendito DVD. Bendito São Luís do Maranhão!
Carolzinha, hoje estou aqui abrindo um espaço no meu blog só para dizer que você é muito especial para mim, só para dizer que lhe admiro muito, tanto no lado pessoal quanto no lado profissional.
Valeu por todas as alegrias, todas as gargalhadas e todas as conversas que sempre tivemos. É MUITO BOM CONFIAR EM PESSOAS COMO VOCÊ!!!
Lembro quando você me disse lá no aeroporto que tinha certeza que sua mãe ia adorar me conhecer, poxa, e realmente quando nos vimos foi tudo muito verdadeiro(foi lá no Padaria).
Minha timbaleira cobiçada e amada, desejo que possamos gargalhar e timbalear por muitos anos juntos.
Como diria minha Tia: "Porra, você é foda!!! Rsrsrsrsrsrsr" Você está sempre no meu coração.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O QUE COMEMORAR?

O que temos para comemorar no dia 07 de setembro? Fico a pensar e a contar os anos que passaram. São 187 anos, mas as glórias ficaram para trás, os sonhos não foram realizados e as decepções apareceram.
Nossa política vai mal, nossa música caiu de qualidade e nosso presidente é semi - analfabeto. Poxa, quanta coisa... Até o Hino Nacional esqueceram a letra (não é Vanusa?)
Vejo um Brasil esbodegado, um Brasil que atinge sempre os mais altos picos de qualidade, tudo isso no analfabetismo, na violência e na falta de saúde. Estamos burros, doentes e sem proteção.
Será que posso pedir socorro? Mas quem vai me ajudar? Quem vai me salvar? Será que conseguirei solução em Alagoas? Acho que não, ou talvez sim, pois aqui sempre se faz alguma coisa, porque “Honestamente nunca se fez tanto por Alagoas” – Nunca se matou tanto, nunca se roubou tanto... (Tudo está sendo praticado às claras).
Imagino como será o futuro desta terra, imagino como ficarão os nossos herdeiros. Eita Brasil para não ter sorte com seus governantes parece mulher guerreira que não tem lucro com os homens que arranja.
Brasil brasileiro, meu mulato estrangeiro, sua história mudou, seu sonho não existe e seu povo continua lerdo a espera do internamento.
Por enquanto, ficaremos aqui ensaiando o novo Hino Nacional.

sábado, 5 de setembro de 2009

LUCÍOLA

Timba Alunos Elite 1ºAno, aí está o Resumo da Obra Lucíola. Divirtam-se!!!

LUCÍOLA

Fica claro, que em “Lucíola”, o narrador é em 1ª pessoa. O livro é narrado por Paulo, que é o personagem principal.
Assim, a narrativa tem um caráter autobiográfico, pois é feita em 1ª pessoa, buscando recuperar, a partir da perspectiva do amante, a paixão vivida por Lúcia e Paulo. O prefácio chama-se "Ao Autor" e, ali, uma pessoa que assina G. M. afirma que encontrou as cartas de Paulo e as reuniu, publicando o livro Lucíola. Percebemos que, então, cada capítulo corresponde a uma carta que Paulo escreveu à senhora que o indagou. A narrativa é detalhista. Em Lucíola, o autor faz um aprofundamento psicológico e mostra os conflitos interiores de Paulo e de Lúcia. Além disso, Lúcia não é linear, porque seu perfil se altera durante a obra. ("Acredite ou não, Lúcia acabava de me revelar naquela imagem simples um fenômeno psicológico que eu nunca teria suspeitado." - cap 18). Os personagens de “Lucíola” são, em boa parte do tempo, falsos. Em Lucíola, um personagem apresenta grande complexidade psicológica, a par do idealismo romântico com que foi concebido. A publicação do livro ocorre em 1862. Com relação à narrativa, trata-se de um conjunto de recordações de Paulo. Pode-se considerá-lo um livro com algumas memórias fictícias, pois a ação transcorre no passado. O relacionamento de Paulo e Lúcia aconteceu quando ele chegou ao Rio de Janeiro, em 1855. Entretanto, as cartas foram reunidas por G. M. em novembro de 1861. O tempo no livro é quase sempre psicológico, com grandes usos de “flash-backs”. O Rio de Janeiro é o espaço físico onde se desenvolve o romance. O autor retrata a sociedade de sua época, quando o Rio de Janeiro era a capital do Império, apontando alguns aspectos urbanos negativos. José de Alencar era um forte crítico social. Paulo era um rapaz do interior, que foi para o Rio de Janeiro conhecer a corte. Poucos dias depois de sua chegada, um amigo de infância chamado Dr. Sá o leva à festa da Glória. Lá, Paulo percebeu a diferença existente entre sua vidinha provinciana e a vida luxuosa na corte. No meio da festa, porém, uma bela mulher chamou sua atenção. O que mais lhe impressionou nessa mulher foi o seu jeito de "ingênua castidade". Dr. Sá, entretanto, ao perceber o engano do amigo, explicou para ele que aquela mulher era uma prostituta de alto luxo. Mesma sabendo disso, ela não saiu de sua memória.

Lucíola - este é um romance social-urbano , Alencar aborda a situação social e familiar da mulher, em face do casamento e do amor, retrata a sociedade carioca da época, principalmente suas camadas abastadas. Compreende desde textos românticos, como a mesma velha história do casal cujo amor só depois de superados certos obstáculos, até indícios de investigação psicológica por meio de dramas morais causados pelo conflito entre as convenções sociais e a sentimentalidade individual. Estrutura da obra 21 capítulos - Narrador em 1ª pessoa, (protagonista: Paulo), é observador e participante dos acontecimentos que narra.

Espaço: Rio de Janeiro. A narrativa é feita em flash-back, é uma retrospectiva de acontecimentos passados, já filtrados pela revisão e reflexão do narrador. Há presença de textos dissertativos – o narrador interrompe o a narrativa para fazer reflexões em torno do assunto narrado.
No trecho: “... terminei ontem este manuscrito, que lhe envio ainda úmido de minhas lágrimas ...” A partir dessa frase, o narrador reafirma a destinação de sua carta, ou do material de sua história, conforme o que afirmara no capítulo inicial. Os grandes temas do livro que transformam Lúcia numa heroína tipicamente romântica são: do amor e da morte, e do amor unido à morte. O amor, um dos mitos do Romantismo, é o regenerador da pessoa humana. E o amor verdadeiro sobrevive à morte, é eterno. Lúcia se realiza plenamente, ao morrer. “... agora que minha vida conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar enfim por toda a eternidade...”.


Personagens principais:

Lúcia (a verdadeira)
- prostituta e companheira de quarto da personagem-protagonista - tem cerca de 19 anos quando morre – Possui pouca sofisticação intelectual. Mulher, depravação, luxúria, sentimento de culpa, prostituição, caprichosa, excêntrica, rejeita o amor, demônio. Sendo assim, falecendo de tuberculose, Maria da Glória troca os documentos assumindo a identidade da colega. No desenrolar da história, descobrir-se-á o seu verdadeiro nome: MARIA DA GLÓRIA, menina, pureza, ingenuidade, dignidade, inocência, simples, meiga, tende para o amor, anjo.

Paulo
– narrador-personagem. Paulo ressente-se por não ter compreendido os sentimentos (o amor) e a alma de Lúcia. E ele conta em cartas dirigidas a uma senhora, G. M. (pseudônimo de Alencar), que as publica em livro com o título de LUCÍOLA

. Personagens secundários:


- Com seus trinta anos de idade, um caráter fleumático e uma imaginação ardente Cavalheiro que, com suas posses, aproveitava segundo seus critérios o melhor da vida: sexo, alegria, bebida de arte.

Sr. Rochinha
- Era um moço de 17 anos, - trazia impressa na tez amarrotada, nas profundas olheiras e na aridez dos lábios, a velhice prematura.

Sr. Couto
- Diógenes Couto - responsável pela degradação (prostituição) de Lúcia. Um senhor idoso que procura passar-se por jovem.

Sr. Cunha
- ex-amante de Lúcia que depois é desprezado por ela.

Sr. Jacinto
- Era um homem de 45 anos; feição comum e espírito medíocre. Vivia de intermediário das prostitutas, isto é, transformava em dinheiro todos os presentes ganhos por elas.

D. Jesuína
- Quando Lúcia foi expulsa de casa, D Jesuína fora a primeira pessoa que a amparou. Mas depois, tornou-se cafetina de Lúcia.


Joaquina
- escrava de Lúcia.

Ana
–irmã mais nova de Maria da Glória. (Lúcia)

Enredo - Conta a história de Lúcia e Paulo.
Logo após ter chegado ao RJ, procedente de Olinda, em 1855, com cerca de 25 anos, Paulo fora convidado por um amigo, o sr. Sá, a acompanhá-lo à Festa da Glória, quando lhe atraíra a atenção uma jovem e bela mulher que, de início, em sua simplicidade de provinciano adventício, não identificara como cortesã (ou prostituta). Ao ver Lúcia, assim se chamava a mulher, tivera a impressão de já conhecê-la. De fato, à noite lembra-se de que, realmente, já a tinha visto antes, no dia mesmo de sua chegada ao RJ, em um carro elegante puxado por dois fogosos cavalos, e exclamara então para um companheiro de lado: "
Que linda menina! Como deve ser pura a alma que mora naquele rosto!"e que gentilmente, após, alcançara-lhe o leque que deixara cair na rua. Lúcia era, assim, uma mundana de rara beleza e suave aspecto, que faziam parecer uma jovem inocente. Pelo menos, essa foi a impressão de Paulo e que o levou a apaixonar-se, mesmo depois de saber quem era ela. Tal como a pintou o romancista e se depreende de toda a história, ela era de natureza complexa nas alternativas de sua vida e do seu temperamento. Boa nas intenções, mas devassa na prática da vida que levava; interesseira e avara na conquista do dinheiro fácil e, ao mesmo tempo, generosa ao dar esmolas e na ajuda a parentes; com um passado de luxo e dissipação, se apaixona da maneira mais romântica pelo jovem que nela descobrira bondade e ternura. Enfim, era bem feminina ao parecer tantas numa só. Paulo, no entanto, no entusiasmo da paixão, definiu-a: " Tu és um anjo, minha Lúcia!". Tendo Paulo visto Lúcia naquela festa da Glória, a ela foi apresentada pelo seu companheiro, que a conhecia e fora seu amante. Mesmo assim ele continuou a idealizá-la, até nas visitas que lhe fez a seguir, francamente inocentes e cordiais. Só algum tempo depois é que se tornaram amantes. Cada vez mais, no entanto, prendia-se a ela por um amor apaixonado que ultrapassava a simples satisfação do sexo. Não a queria como uma mundana lúbrica e sensual, famosa pelos requintes no amor, e sentia que ela também, na maneira de tratá-lo, nos seus silêncios, nos seus beijos e carícias, o amava realmente. A prova maior disso foi o seu afastamento de tudo para dedicar-se a ele. Mas logo brigaram, e ela voltou à vida antiga. Nessas alternativas de brigas e reconciliações, de ciúmes e de arrependimento, chegaram à confissão de suas vidas e à aceitação do amor com que se queriam. E Lúcia contou-lhe a sua história, declarando para sempre morta a mulher que fora até então; sua família viera morar na Corte e viviam dignamente, até que a epidemia de febre amarela de 1850 atacou sua família.
Somente ela foi poupada, vendo-se obrigada a cuidar dos familiares. Assim foi que, por necessidade, entregou o seu corpo a um ricaço de nome Couto, para conseguir ajuda e apoio. Morreram-lhe a mãe, a tia e dois irmãos; o pai, ao descobrir que ela recebera dinheiro de um homem em paga de sua honra, expulsou-a de casa. Depois disso, o caminho estava aberto à prostituição. Lúcia se faz passar por uma amiga morta para aliviar o sofrimento dos pais (tê-la como prostituta). Na sua nova vida, então, mudou de nome, pois se chamava realmente Maria da Glória, em devoção a sua madrinha Nossa Senhora da Glória. Depois de uma longa viagem que fizera à Europa em companhia de um amante, de volta ao Rio só encontrou de sua família uma irmãzinha de nome Ana, a quem tomou sob sua proteção e a pôs num colégio. Após tal confissão, de que resultou um perfeito entendimento entre os dois, Lúcia foi morar numa casinha de Santa Teresa, que alugara, em companhia da irmã. Afastou-se da vida mundana para receber apenas a visita de Paulo. No ambiente bucólico daquele bairro viveram os dois um idílio simples. Passeavam nos arredores de mãos dadas como dois namorados, e nessa busca da inocência perdida, ela até se recusava, periodicamente a ser de novo sua amante. É que ela agora já adotando outra vez seu nome de batismo, Maria da Glória, estava esperando um filho de Paulo. Mas o idílio em que viviam durou pouco. Lúcia sofreu um aborto e, ante a recusa de tomar remédio para expelir o feto sem vida, faleceu de infecção, confessando a Paulo que o amava perdidamente desde o primeiro encontro. Pediu-lhe que cuidasse de Ana, a quem deixara em testamento a sua fortuna, cerca de cinqüenta contos de réis, como se fosse sua própria filha. A princípio queria que ele se casasse com Ana, mas, ante sua recusa, pediu-lhe que a protegesse, e morreu dizendo-se sua noiva eterna, sua noiva no céu. Lúcia = Lúcifer ................. Maria da Glória = Anjo E "é através da morte que seu objetivo maior foi atingido: a destruição do corpo implica na sobrevivência e supremacia do espírito. A redenção alcançada".

Características românticas na obra:
Subjetivismo: o mundo gira em torno do seu “eu”
- 1ª pessoa
– uma só pessoa: indivíduo X sociedade, sobrepõe o sentimental à razão, entusiasmo ao raciocínio. Exaltação do amor: é a mola mestra da ficção romântica em prosa e verso, amor sublime, com sacrifício e até de heroísmos. Amor e morte: capacidade de renúncias, tendo como única saída a morte. Sentimentalismo melancólico: Lúcia se faz passar por uma amiga morta para aliviar o sofrimento dos pais (tê-la como prostituta).

Ilogismo: instabilidade emocional, duplicidade de comportamentos. (importância secundária). Características de José de Alencar:

Lirismo: visão lírica da realidade

– ele é lírico, terno, delicado e sensível. Gosto pela descrição: paisagem, personagem, vestuário feminino e ambiente. Comparações: personagens X detalhes físicos X estados da alma X atributos morais. (elementos da natureza, reino animal, vegetal e mineral). Desarmonias: contrastes relacionados às pessoas e sentimentos. Lúcia X Lúcifer, Maria da Glória X anjo.

HELINHO TIMBALADA: SENHORA

Timba Alunos:

*Façam seus comentários sobre a obra Senhora;
*Tirem suas dúvidas.

SENHORA

Timba Alunos Elite 2º Ano: Aí está o Resumo da Obra Senhora.
SENHORA
José de Alencar

Na obra Senhora temos como personagem principal Aurélia Camargo, que no decorrer da narrativa são mostradas alguns símbolos como: nua estrela, deusa dos bailes, musa dos poetas e outras que induziam tornando a um ser perfeito aos olhos. Mas em contrapartida temos uma moça com 18 anos, com sagacidade, ar provocador e expressão cheia de desdém que contrastam com a beleza correta e a expressão serena. Aurélia é um personagem que em demonstrar e ir contra o que era imposto no período do Império, ou seja em documentar indiretamente um momento histórico, concreto da sociedade brasileira. Na geral a mulher brasileira era submissa ao poder, ela valia pelo dote que possuía. Exemplificando ela não podia ir as festas, bailes na sociedade sem estar acompanhada, pois seria considerada vulgar. A mulher era feita para o casamento, sem direitos de mandos e opiniões na sociedade. E surge Aurélia diferente, porque não satisfaria os costumes e exigências da época que não aceitava a emancipação feminina. O conflito que organiza a obra, é um choque entre o amor ideal, o invencível, e o mundo social que decepciona. E Aurélia está inserida nesse conflito e oscila entre a pureza e a ironia, porque ela tinha experiência da vida. Na sociedade que era movida pelo ouro, pelo interesse e as pessoas valiam pelo interesse e dinheiro que tinham, prevalecendo o "Ter" sobre o "Ser". Com Fernando Seixas, percebemos que os casamentos eram feito por conveniência e ascensão social. E Seixas mesmo vivendo na pobreza apresenta-se em sociedade como se fosse um dos "cavaleiros mais ricos e francos da corte". O Título senhora para a obra está relacionado ao poder que Aurélia exercia por ser dona de seus atos e ser rica. E também porque na época o termo "Senhora" não era usado para mulheres, pois não detinham poder. A obra fornece diversas interpretações pois é literária. Mas no final da narrativa, o fator que leva a idealização do amor, no romantismo, é o momento que Fernando Seixas diz para Aurélia que era consumado por desejo de viver no consumidos e materialismo. Mas que ela transformou-o fazendo-o lutar pela dignidade e a auto estima perdidas. Com isso, Aurélia perdoa Seixas de fato porque ele transformar-se em um "homem" e não um ator de salão.
A obra relata a dramática história de amor entre Seixas e Aurélia. Seixas era um pobre mancebo, que trabalhava como jornalista, vivia na pobreza, mas não abria mão do outro lado da sua vida, com o qual gastava todo o seu ordenado: as festas da sociedade.
Aurélia também era uma pobre moça, mas que subira na vida após herdar a fortuna de seu avô fazendeiro. Era uma moça belíssima. Aurélia e Seixas iam se casar, mas esse casamento não ocorreu porque Seixas sabia que era pobre, e sabia que não era o homem certo para Aurélia, apesar de amá-la. Esse relacionamento se desfez quando o pai de Adelaide de Amaral oferece um dote para que ele se casasse com sua filha., e ele aceita.
Algum tempo depois de receber a herança, Aurélia decide que quer se casar, e resolve "comprar" um. O escolhido, no entanto, era Seixas, que aceitara submeter-se ao casamento, mesmo sem saber quem era a noiva, pois tinha necessidade do dote. Logo após o casamento, Aurélia deixa bem claro que Seixas era um marido comprado, e que o que estava se passando era um casamento de conveniência. Apesar dos dois, de certa forma, amarem-se, nenhum dois demonstrava.
O casamento foi marcado por rotineira e seca. Seixas, muitas vezes sentiu-se humilhado por Aurélia. Onze meses após o casamento, Seixas consegue o dinheiro de que precisava para desfazer o casamento, e isso que ele faz. No momento em que Seixas vai se despedir de Aurélia, já separados, Aurélia confessa que o ama de verdade, e suplica pelo o amor dele. Aurélia consegue provar esse amor, e conquista Seixas, mesmo ele achando que a riqueza dela havia destruído o amor dos dois.

Sinopse:
Este romance urbano, de 1875, onde o autor explora perfis feminino como em Lucíola (1862) e Diva (1864).
A temática do romance é o casamento por interesse e a moral burguesa, discutível, pois apóia e incentiva o feito.
Narrado em terceira pessoa, o romance Senhora tem na observação de detalhes exteriores, uma de suas fortes características.
Obra madura, apresentado um autor crítico não só da sociedade como também da própria escola literária vigente: o Romantismo.
Em muitos momentos da obra aparecem características que chegam perto das tendências realista e naturalista.
É o caso da visão crítica que Aurélia (protagonista) e Seixas demonstram sobre si próprios e o jogo social de personagens de mau-caráter sem que necessariamente tenham de ser punidos.
O romance se divide em quatro partes intituladas: O Preço, Quitação, Posse e O Resgate, títulos que já dizem sobre a problemática da contradição entre o dinheiro e o amor desenvolvida no enredo, na medida em que constituem palavras relacionadas às fases de uma transação comercial.
Na primeira parte Aurélia Camargo dá a conhecer para o leitor: jovem de 18 anos, linda e debutando nos bailes. A principal ação desta primeira parte do romance começa quando Aurélia pede ao tio que ofereça ao jovem Fernando Seixas, recém-chegado na corte após uma longa viagem ao Nordeste, a sua mão em casamento. Entretanto, uma aura de mistério cobre o pedido, pois Fernando não deve saber a identidade da pretendente e além disso a quantia do dote proposto deve ser irrecusável: cem contos de réis ou mais, se necessário.
A habilidade mercantil de Lemos, que chega a ser caricata, e a péssima situação financeira de Fernando - moço elegante mas pobre, que gastou o espólio deixado pelo pai e que precisava restituí-lo à família para a compra do enxoval da irmã - fazem com que dêem certo os planos de Aurélia.
Na noite de núpcias, Fernando se surpreende ao ver nas mãos de Aurélia, um recibo assinado por ele aceitando um adiantamento do dote. Aurélia se enfurece, acusa-o de mercenário e venal. E ela começa a contar a vida e os motivos que a levaram a comprá-lo.
Na segunda parte, conhecemos a vida de ambos os protagonistas. Aqui há um retorno aos acontecimentos em suas vidas, o que explica ao leitor o procedimento cruel de Aurélia em relação a Fernando.
Na terceira parte, Posse, a história retorna ao quarto do casal. Vemos Fernando arrasado de vergonha, mas Aurélia toma o seu silêncio como cinismo. É o início da fase de hipocrisia conjugal.
Na quarta parte temos o desenrolar da trama. Intensificam-se os caprichos e as contradições do comportamento de Aurélia, ora ferina, mordaz, insaciável na sua sede de vingança, ora ciumenta, doce, apaixonada. Intensifica-se também a transformação de Fernando, que não usufrui da riqueza de Aurélia, tornando-se modesto nos trajes, assíduo na repartição onde trabalhava, e assim adquirindo, sem perder a elegância, uma dignidade de caráter que nunca tivera.
No final, Fernando, um ano após o casamento, negocia com Aurélia o seu resgate. Devolve-lhe os vinte contos de réis, que correspondiam ao adiantamento do montante total do dote com o qual possibilitava o casamento da irmã, e mais o cheque que Aurélia lhe dera, de oitenta contos de réis, na noite de núpcias
Separam-se, então, a esposa traída e o marido comprado, para se reencontrarem os amantes, a última recusa de Seixas sendo debelada quando Aurélia lhe mostra o testamento que fizera, quando casaram, revelando-lhe o seu amor e destinando-lhe toda a sua fortuna.
O enredo deste romance mostra claramente a mistura de elementos romanescos e da realidade.

HELINHO TIMBALADA: A HORA DA ESTRELA

HELINHO TIMBALADA: A HORA DA ESTRELA

Qual sua dúvida sobre Macabéa?

A HORA DA ESTRELA






Timba alunos Elite 3ºAno: Aí está a análise da Obra A Hora da Etrela:

A Hora da Estrela
Clarice Lispector

A autora Clarice Lispector faz parte da "geração de 45", um novo estilo literário dentro ainda da proposta moderna iniciada no Brasil na década de vinte, uma literatura que vai trabalhar o ser interior, suas idéias mais íntimas, seu universo psicológico.
Clarice está imersa nessa literatura como parte fundamental, seus romances e contos deslocam o leitor para o mundo interior de suas personagens. Em primeira instância está o pensamento, a realidade exterior é apenas o pano de fundo nos textos da autora, ela usa fatos cotidianos que dentro da narrativa não tem um significado maior, o interesse está nas sensações da personagem diante deles.
"A hora da estrela" é um de seus romances de grande destaque, onde nos apresenta um jornalista-escritor que vai discutir a existência inconsciente através de uma nordestina que vive na cidade do Rio e Janeiro, ela é na verdade, dentro do livro, um objeto de análise criado pelo jornalista.
Ele personifica nela todas as vidas que deixam de ser vividas, todas as existências que não passam de sombras no mundo. A personagem tem prazeres tolos, substanciais e sem a menor importância, exatamente como a vida que leva, cheia de privações injustificáveis e sem o menor dos sentidos. O personagem escritor sofre e sente por seu objeto de análise, tão sem vida, sem ambições de existir, ele ama a criatura com ternura e amargura, é terno com a inconsciência e amargo com a ignorância da nordestina, pois acredita que ela não "é" por não saber que pode "ser". Ele dá vida própria à moça, como se tentasse fazê-la mudar seus rumos, sua história tão insignificante, mas ela, ainda que ele queira, não consegue ser o que desconhece. O escritor não pode interferir no existir de sua personagem, ele relata os fatos daquele mundo singelo em cores somente preta e branca. Ele entra nesse mundo com alma, e nele reflete sobre si mesmo, sua existência, suas fraquezas e seus defeitos. Percebe como cada um de nós é indiferente ao que acontece à tantas outras pessoas ao nosso redor, afirma que há um reconhecimento do outro, mas não há uma reflexão do nosso poder de modificar a condição de existência dele.
Clarice retrata, portanto, as sensações e reflexões de um ser diante da mediocridade da existência de outro, despertando no leitor um desgosto pela banalização da vida que é causado pelo choque diante da não reação da personagem nordestina à sua inércia, o leitor compactua assim com as impressões do personagem-jornalista: sua revolta, seus medos e suas vontades. A autora consegue a atenção do leitor para o pequeno romance, que apesar das poucas páginas condensa um conteúdo gigantesco e fantástico.

PRINCIPAL

A Macabéa: Clarice tratará do livro A Hora da Estrela, com um estudo detalhado sobre os aspectos de uma história de puro sofrimento.

ENREDO

A historia gira em torno de uma nordestina que não tem nem idéia de sua própria existência.
Vem do sertão de Alagoas para o Rio de Janeiro para trabalha como datilógrafa. Começa um namoro com um conterrâneo nordestino que é interrompido pela ganância do mesmo.
TEMPO

Não há como ser preciso neste item, porem a narração ocorre em poucos dias no mês de maio, entre lembrança de Macabéa

CENÁRIOS

Na infância morava na casa de uma tia, pois era órfã. Já na vida adulta, depois da morte de sua tia vai para o Rio de Janeiro, subúrbio, quarto dividido com algumas amigas num sobrado perto do cais freqüentado por prostitutas e marinheiros. Lugar imundo.
No Rio: escritório de datilografia (emprego)

CLÍMAX E NARRADOR

O começo do namoro com Olímpio trocando-a pela sua colega de trabalho, Glória, que arrependida lhe indica a Madama Carlota, uma cartomante. Madama Carlota lhe prevê um futuro só que mal interpretado. Contente com o maravilhoso futuro previsto por Madama Carlota, Macabéa sai distraída é atropelada, agoniza e morre no meio da sarjeta.

Narrador: É um narrador onisciente, Rodrigo S. M. que não chega a participar ativamente da narração.

AUTORA

Nasceu em Tchetchelnik, Ucrânia, chegou ao Brasil aos dois meses de idade, naturalizando - se brasileira posteriormente. Criou-se em Maceió e Recife, transferindo-se aos doze anos para o Rio de Janeiro, onde se formou em Direito, trabalhou como jornalista e iniciou sua carreira literária. Viveu muitos anos no exterior, em função do casamento com um diplomata brasileiro, teve dois filhos e faleceu em dezembro de 1977, no Rio de Janeiro.

LIVRO

O livro tem pouco de erotismo, altamente complexo mesmo tendo uma escrita simples

Título: Porque somente na hora de sua morte, Macabéa tornara realmente alguém por representar tão bem o papel de uma moribunda, momentos antes de morrer.

SÍNTESE
Macabéa, uma nordestina, luta para sobreviver no Rio de Janeiro, trabalhando como uma datilógrafa. Divide um quarto em um lugar quase subumano juntamente com mais quatro amigas.
Em um dia que falta o trabalho, ela encontra Olímpio que a convida para um passeio sob uma intensa chuva. Daí por diante ela o toma como seu primeiro namorado. Apesar de parecer estar com sorte por ter arranjado um namorado, ela é traída pela Glória, uma amiga de trabalho. Essa amiga com remorso indica a ela, uma cartomante para que lhe adivinhasse o futuro, futuro esse que como Madama Carlota, a cartomante, lhe disse, mudaria sua vida no momento em que saísse da casa da Madama, com muito dinheiro, casamento com um estrangeiro, luxo e amor. E quando ela foi finalmente embora tudo realmente mudou. Atordoada com tanta felicidade e espantada com a miserável vida que levava, ficou indecisa com um ato tão banal de atravessar uma rua que quando se decidiu foi atropelada por uma Mercedes. Morre aí Macabéa na sarjeta.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

DEPOIS DE ANOS


Hoje descobri
Que não devo acreditar na razão.
Descobri
Que a vida é feita também de amor.

A guerra acabou,
O amor ressurgiu
Ressurgiu das cinzas.

Cinzas existiram?
Acho que o fogo nunca apagou.

Tenho em mãos algo que não é meu
Tenho em mãos um amor verdadeiro
Que pode ser dividido
Que pode voltar a ser meu
Somente meu.

Podemos ficar livres do pecado
Livres do esconderijo
Podemos deixar que todos os olhos nos vejam
Que todos os dedos nos apontem
Que todas as bocas comentem.

Comentem que somos felizes,
Que somos amantes,
Que somos safados
E que somos eternos.


Hélio Júnior
30 / 07 / 09

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Na semana que passou me deparei com uma situação que me chamou atenção, dei de cara com o orgulho mais uma vez, e desta vez eu não consegui ser ousado o suficiente para “sustentá-lo” como faço todas as vezes.
O que aconteceu? Será que meu orgulho foi embora?
Aurélio Buarque de Holanda define o orgulho como sentimento de dignidade pessoal. Um sentimento de amor próprio. Tenho certeza que não perdi minha dignidade, mas aprendi um pouquinho a ser maleável.
Sei que é muito difícil perdoar, sei o quanto é difícil olhar para alguém que talvez tenha feito o mínimo para mim e eu dizer que esqueci. Digo sempre que não consigo ficar amigo sem rancor, que não sou educado o suficiente para olhar e sorrir sem vontade, pois meu riso é verdadeiro e espontâneo.
Quem vive ao meu lado sabe o quanto sou verdadeiro, sabe que sou uma metralhadora capaz de disparar na hora toda a munição sem medo de magoar, costumo agir pela emoção, mas dessa vez não sei o que aconteceu.
Que venha o que o destino achar melhor!!!

terça-feira, 7 de julho de 2009

DESABAFO

Desde o dia 25 de junho que a mídia mundial vem noticiando a morte do astro pop Michael Jackson, tudo bem que ele representou uma grande mudança na música mundial, mas é interessante como as televisões, em especial a nossa TV brasileira, esquece de tantos problemas que acontecem diariamente no nosso país e passam a noticiar fatos repetidos da vida deste ser chamado Michael Jackson.
Precisamos acordar e entender que nosso país agoniza na saúde, na educação e na segurança pública, seria muio mais bonito se cada emissora brigasse pelo motivo de chegar primeiro para fazer uma grande campanha, para mudar o sistema problemático do nosso país, mas infelizmente estas emissoras fazem confusão para ver quem consegue primeiro entrar no Rancho Neverland", quanta picardia!!! só para mostrar como o pop viveu.
Entrem nas prisões, mostrem o que tem de ruim lá dentro, alerte cada vez mais nossa população para os problemas sociais.
Acordem jornalistas brasileiros, façam valer o diploma que vocês estão perdendo.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

BILHETES DE SALA DE AULA











Quando escolhi ser professor confesso que foi por vocação. Me realizo quando estou em sala de aula. Meus alunos são tudo de bom naquele momento e com eles eu me sinto num porto seguro. Está aí a prova de meu amor pela minha profissão:
São bilhetes entregues nos mais variados momentos em sala de aula.

Então deixa como está...

Às vezes paro no tempo e volto ao passado, lembro de tantas coisas boas que passei ao lado de meus amigos na infância. Lembro que fui uma criança feliz, tive amigos, carinho e brinquedos de última geração naquele tempo.
Meus amigos daquela época não se perderam no tempo em busca de aventuras.
Brincávamos das mais diversas coisas. Poxa como é bom lembrar daquele tempo em que nós brincávamos de mãe na rua, de garrafão, de circo, de banda (poxa, tínhamos uma banda no fundo do quintal e nossa banda tinha até música: "Gata Monstruosa"), tivemos uma BMX (era a melhor bicicleta da época), fomos de uma geração que viu o cometa harley, uma geração que viu um Balão Mágico tomar conta do país (cantávamos todos assim: é tão lindo, nao precisa mudar é tão lindo, deixa assim como está...).
Saudades de um tempo que eu faço questão de nunca esquecer principalmente quando estou hoje ao lado de meus amigos, sempre nos divertimos lembrando de tudo isso. Passamos dos trinta, mas sempre seremos crianças. (Será que eu cresci??? eu acho que não!!! Também, tô nem aí, eu não queria crescer...

segunda-feira, 8 de junho de 2009



Timbaluno Elite 1º Ano, aí está o resumo da obra Marília de Dirceu.

I- Escola Literária
ARCADISMO: a palavra arcádia, que dá origem a Arcadismo, é grega e designa uma sociedade literária típica da última fase do Classicismo, cujos membros adotam nomes poéticos pastoris, em homenagem à vida simples dos pastores, em comunhão com a natureza. O Arcadismo quanto à forma:
Vocabulário simples frases na ordem direta ausência quase total de figuras de linguagem manutenção de versos decassílabos, do soneto e de outras formas clássicas O Arcadismo quanto ao conteúdo:
Pastoralismo Bucolismo Fugere urbem
Aurea mediocritas
Elemento da cultura greco-latina
Convencionalismo amoroso
Idealização amorosa
Racionalismo Idéias iluministas
Carpe diem
II- Cronologia
Início do Arcadismo no Brasil: 1768 – publicação das Obras Poéticas de Cláudio Manuel da Costa
Término: 1836 – publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves Magalhães.

III- Biografia do autor
O poeta Tomás Antônio Gonzaga, patrono da cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras, nasceu na cidade do Porto, em Portugal, a 11 de agosto de 1744 e faleceu na Ilha de Moçambique, onde cumprira pena de degredo, em fevereiro de 1810.
Era filho do brasileiro Dr. João Bernardo Gonzaga e de D. Tomásia Isabel Clark. Passou alguns anos da infância no Recife e na Bahia onde o pai servia na magistratura e, adolescente, retornou a Portugal a fim de completar os estudos, matriculando-se na Universidade de Coimbra na qual concluiu o curso de Direito aos 24 anos.
Depois de formado exerceu Gonzaga alguns cargos de natureza jurídica, já tendo advogado em várias causas na cidade do Porto. Candidatou-se a uma Cadeira na Universidade de Coimbra, apresentando uma tese intitulada 'Tratado de Direito Natural'. Em 1778 foi nomeado juiz-de-fora na cidade de Beja, com exercício até 1781. No ano seguinte é indicado para ocupar o cargo de Ouvidor Geral na comarca de Vila Rica [Ouro Preto], na Capitania de Minas Gerais.
A permanência em Vila Rica estendeu-se até o ano de 1789, quando foi envolvido na famosa Inconfidência Mineira. Em maio do referido ano, acusado de participação na conspiração é detido e, sem maiores formalidades, remetido preso para o Rio de Janeiro.
Nessa ocasião estava o poeta noivo de Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, jovem pertencente a uma das principais famílias da capital mineira, e a quem dedicava poesias do mais requintado sabor clássico, que iriam fazer parte do livro intitulado 'Marília de Dirceu' cuja primeira parte foi publicada em Lisboa, pela Impressão Régia, no ano de 1792.
A obra poética de Tomás Antônio Gonzaga é relativamente pequena mas suas liras tiveram dezenas de edições.
Segundo as mais abalizadas pesquisas de natureza estilística e histórica, deve-se ao infortunado Ouvidor de Vila Rica a autoria da famosa sátira 'Cartas Chilenas', só editadas, em forma impressa, no Segundo Reinado. Continham-nas uma coleção notável de versos cáusticos, em que era posto em ridículo Luís da Cunha Meneses, Governador e Capitão-General de Minas Gerais, na década de 1780.
Na Ilha de Moçambique, para onde foi levado Gonzaga, em virtude de sua condição no processo da Conjuração mineira, casou-se o desventurado vate com Juliana de Sousa Mascarenhas, de quem houve um casal de filhos, cujos descendentes remotos ainda vivem na antiga colônia portuguesa.
IV- Obras:
Marília de Dirceu
Cartas Chilenas [principal obra satírica do século XVIII, atribuída a Gonzaga]
Duas tendências coexistem nas liras de Gonzaga:

a) a contenção e o equilíbrio neoclássicos, com a utilização de todos os lugares-comuns do Arcadismo: um pastor, uma pastora, o campo, a serenidade da paisagem principal. b) o emocionalismo pré-romântico, na expressão pungente da crise amorosa e, posteriormente a prisão, da crise existencial do poeta.
O sujeito lírico é o pastor Dirceu, que confessa seu amor pela pastora Marília. Eis a convenção neoclássica realizada, Mas é evidente que nos pastores se projeta o drama amoroso vivido por Gonzaga e Maria Dorotéia.
A todo momento a emoção rompe o véu da estilização arcádica, brotando, dessa tensão, uma poesia de alta qualidade.

“ Eu tenho um coração maior que o mundo
tu, formosa Marília, bem o sabes;
um coração, e basta,
onde tu mesma cabes”
V- Resumo
As partes da obra

A obra se divide em duas partes [há uma terceira, cuja autenticidade é contestada por alguns críticos:

1ª parte: contém os poemas escritos na época anterior à prisão de Gonzaga. Nela predominam as composições convencionais: o pastor Dirceu celebra a beleza de Marília em pequenas odes anacreônticas. Em algumas liras, entretanto, as convenções mal disfarçam a confissão amorosa do amor: a ansiedade de um quarentão apaixonado por uma adolescente; a necessidade de mostrar que não é um qualquer e que merece sua amada; os projetos de uma sossegada vida futura, rodeado de filhos e bem cuidado por suas mulher etc.

2ª parte: escrita na prisão da ilha das Cobras. Os poemas exprimem a solidão de Dirceu, saudoso de Marília. Nesta segunda parte, encontramos a melhor poesia de Gonzaga. As convenções, embora ainda presentes, não sustentam o equilíbrio neoclássico. O tom confessional e o pessimismo prenunciam o emocionalismo romântico.

VI- Considerações finais:
Em Minas Gerais, quatro poetas e magistrados constituem os mais importantes cultores do arcadismo, se bem que Otto Maria Carpeaux separe Cláudio Manuel da Costa, pelo maior racionalismo e menores “vestígios do sentimentalismo pré-romântico”.
Grande entre todos eles, pelo sentido do ritmo e domínio artesanal, aparece Tomás Antônio Gonzaga, autor popularizado através das “liras” que celebram os amores de Marília e de Dirceu.
O tema do livro é amor. Amor cheio de pureza, em que se constrói um universo ideal, o poeta encarnado em pegureiro, a sua amada em pastora, conforme o vocabulário da escola. Os motivos são os tradicionais: da despedida, “Adeus, cabana, adeus; adeus, ó gado”; o das excelências do tempo passado “então só inocente / era de luso o reino. Oh! Bem perdido! / ditosa condição, ditosa gente!”; a indecisão do amante de duas amadas, o mon coeur balance entre Alteia e Dircéia, o mesmo lema do muito celebrado soneto de Alvarenga Peixoto: “Ou faz de dous semblantes um semblante / ou divide o meu peito em dois pedaços.” Em Gonzaga é “Ou forma de Lavino dous sujeitos / ou forma desses dous um só semblante”.
A versificação é pouco variada e, a par dos versos de quatro sílabas, melhor ditos, células métricas, vêm a redondilha menor, com acentuação em 2a. e 5a. sílabas; heróico quebrado, sempre em combinação; a redondilha maior; o decassílabo.
É possível começar com uma curiosidade, a das liras XXII e XXV [2a. parte] e II [3a. parte], entre outras, em que a palavra final de cada estrofe é oxítona ou monossílabo tônico, em ê de timbre fechado, salvo uma rima de timbre aberto. Na ordem, rimam: ter, vê, tem, ofender, cruel, seu acolher, crer. Outra curiosidade é a rima interna, posta sobre a cesura em final do soneto: “Pois quando só na idéia má retrata / debuxa os dotes com que prende, vista / esconde as obras com que ofende, ingrata”.
E as figuras de repetição, sem muita pesquisa, podem ser registradas na sua freqüência, a começar pela epizeuxe: “ganhei, ganhei, um trono” – “verás, verás, Marília”, “eu vou, eu vou subindo a nau possante”; esta mão, esta mão que ré parece”; “já, já me vai, Marília, braqueando”; “só foi, só foi Lucrecia”.
Mas o Gonzaga não nos oferece apenas abundante material de retórica e arte poética; oferece, e isso é mais importante, poesia para o gosto dos eruditos e poesia que gera popularidade: sentimento e sentimental, intelecto e sensorial melancolia e lamentação. E, porque se trata de um grande poeta, vem sendo incluído nas histórias literárias de Portugal e do Brasil. Nasceu no Porto; fez-se voluntariamente luso, nos depoimentos da devassa, procurando descomprometer-se com a Inconfidência. Amou em Vila Rica, em verdade era pela liberdade do jugo português [um homem amedrontado não é um homem], se bem que se desdissesse ante o inquisidor.
Mas o Brasil anda na sua poesia: saudoso, recompõe o itinerário que vai do Rio à terra de sua bem: “Procura o Porto da Estrela / sobe a serra, e se cansares / Descansa num tronco dela”. “Toma de Minas a estrada / Na igreja nova a que fica / Ao direito lado, e segue / Sempre firme a Vila Rica”.

O GUARANI


Timbalunos Terceirão Elite, aí está o resumo da obra o Guarani, de José de Alencar para a prova do 2º Bimestre.


O Guarani


Na primeira metade do século XVII, Portugal ainda dependia politicamente da Espanha, fato que, se por um lado exasperava os sentimentos patrióticos de um frei Antão, como mostrou Gonçalves Dias, por outro lado a ele se acomodavam os conservadoristas e os portugueses de pouco brio. D. Antônio de Mariz, fidalgo dos mais insignes da nobreza de Portugal, leva adiante no Brasil uma colonização dentro mais rigoroso espírito de obediência à sua pátria. Representa, com sua casa-forte, elevada na Serra dos Órgãos, um baluarte na Colônia, a desafiar o poderio espanhol. Sua casa-forte, às margens do Pequequer, afluente do Paraíba, é abrigo de ilustres portugueses, afinados no mesmo espírito patriótico e colonizador, mas acolhe inicialmente, com ingênua cordialidade, bandos de mercenários, homens sedentos de ouro e prata, como o aventureiro Loredano, ex-padre que assassinara um homem desarmado, a troco do mapa das famosas minas de prata. Dentro da respeitável casa de D. Antônio de Mariz, Loredano vai pacientemente urdindo seu plano de destruição de toda a família e dos agregados.
Em seus planos, contudo, está o rapto da bela Cecília, filha de D. Antônio, mas que é constantemente vigiada por um índio forte e corajoso, Peri, que em recompensa por tê-la salvo certa vez de uma avalancha de pedras, recebeu a mais alta gratidão de D. Antônio e mesmo o afeto espontâneo da moça, que o trata como a um irmão. A narrativa inicia seus momentos épicos logo após o incidente em que Diogo, filho de D. Antônio, inadvertidamente, mata uma indiazinha aimoré, durante uma caçada. Indignados, os aimorés procuram vingança: surpreendidos por Peri, enquanto espreitavam o banho de Ceci, para logo após assassiná-la, dois aimorés caem transpassados por certeiras flechas; o fato é relatado à tribo aimoré por uma índia que conseguira ver o ocorrido.
A luta que se irá travar não diminui a ambição de Loredano, que continua a tramar a destruição de todos os que não o acompanhem. Pela bravura demonstrada do homem português, têm importância ainda dois personagens: Álvaro, jovem enamorado de Ceci e não retribuído nesse amor, senão numa fraterna simpatia; Aires Gomes, espécie de comandante de armas, leal defensor da casa de D. Antônio. Durante todos os momentos da luta, Peri, vigilante, não descura dos passos de Loredano, frustrando todas suas tentativas de traição ou de rapto de Ceci. Muito mais numerosos, os aimorés vão ganhando a luta passo a passo.
Num momento, dos mais heróicos por sinal, Peri, conhecendo que estavam quase perdidos, tenta uma solução tipicamente indígena: tomando veneno, pois sabe que os aimorés são antropófagos, desce a montanha e vai lutar "in loco" contra os aimorés: sabe que, morrendo, seria sua carne devorada pelos antropófagos e aí estaria a salvação da casa de D. Antônio: eles morreriam, pois seu organismo já estaria de todo envenenado. Depois de encarniçada luta, onde morreram muitos inimigos, Peri é subjugado e, já sem forças, espera, armado, o sacrifício que lhe irão impingir. Álvaro (a esta altura enamorado de Isabel, irmã adotiva de Cecília) consegue heroicamente salvar Peri. Peri volta e diz a Ceci que havia tomado veneno. Ante o desespero da moça com essa revelação, Peri volta à floresta em busca de um antídoto, espécie de erva que neutraliza o poder letal do veneno. De volta, traz o cadáver de Álvaro morto em combate com os aimorés.
Dá-se então o momento trágico da narrativa: Isabel, inconformada com a desgraça ocorrida ao amado, suicida-se sobre seu corpo. Loredano continua agindo. Crendo-se completamente seguro, trama agora a morte de D. Antônio e parte para a ação. Quando menos supõe, é preso e condenado a morrer na fogueira, como traidor. O cerco dos selvagens é cada vez maior. Peri, a pedido do pai de Cecília, se faz cristão, única maneira possível para que D. Antônio concordasse, na fuga dos dois, os únicos que se poderiam salvar. Descendo por uma corda através do abismo, carregando Cecília entorpecida pelo vinho que o pai lhe dera para que dormisse, Peri, consegue afinal chegar ao rio Paquequer. Numa frágil canoa, vai descendo rio abaixo, até que ouve o grande estampido provocado por D. Antônio, que, vendo entrarem os aimorés em sua fortaleza, ateia fogo aos barris de pólvora, destruindo índios e portugueses.
Testemunhas únicas do ocorrido, Peri e Ceci caminham agora por uma natureza revolta em águas, enfrentando a fúria dos elementos da tempestade. Cecília acorda e Peri lhe relata o sucedido. Transtornada, a moça se vê sozinha no mundo. Prefere não mais voltar ao Rio de Janeiro, para onde iria. Prefere ficar com Peri, morando nas selvas. A tempestade faz as águas subirem ainda mais. Por segurança, Peri sobe ao alto de uma palmeira, protegendo fielmente a moça. Como as águas fossem subindo perigosamente, Peri, com força descomunal, arranca a palmeira do solo, improvisando uma canoa. O romance termina com a palmeira perdendo-se no horizonte, não sem antes Alencar ter sugerido, nas últimas linhas do romance, uma bela união amorosa, semente de onde brotaria mais tarde a raça brasileira...



sábado, 30 de maio de 2009

Faz um tempinho que não apareço por aqui, confesso que é a falta de tempo, o trabalho está demais, a correria está grande. Esse tempo que não apareço por aqui graças a Deus posso dizer que está tudo bem mesmo. Andei afastado, mas não esqueci de ninguém em nenhum momento, principalmente de vocês meus timba alunos.
Timba beijos em todos, cheiro no lado esquerdo da bunda.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Resumo da obra "A Escrava Isaura"


TIMBA SEGUNDÃO ELITE, Aí está o resumo da obra "A Escrava Isaura" para a Verificação Bimestral (2º Bimestre)
ESCRAVA ISAURA - Bernardo Guimarães (Resumo)
INTRODUÇÃO

Escrito em plena campanha abolicionista (1875), o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso e cruel.
O romance A Escrava Isaura foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época no Brasil. O autor pretende, nesta obra, fazer um libelo anti-escravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro.
O estudioso Manuel Cavalcanti Proença observa que: "Numa literatura não muito abundante em manifestação abolicionistas, é obra de muita importância, pelo modo sentimental como focalizou o problema, atingindo principalmente o público feminino, que encontrava na literatura de ficção derivativo e caminho de fuga, numa sociedade em que a mulher só saía à rua acompanhada e em dias pré-estabelecidos; o mais do tempo ficava retida em casa, sem trabalho obrigatório, bordando, cosendo e ouvindo e falando mexericos, isto é, enredos e intrigas, como se dizia no tempo e ainda se diz neste romance."

O NASCIMENTO DO ROMANCE

A publicação de romances em folhetins - os capítulos aparecendo a cada dia nos jornais - já era comum no Brasil desde a década de 1830. A maior parte destes folhetins era composta por traduções de romances de origem inglesa, como as histórias medievais de Walter Scott, ou francesa, como as aventuras dos Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas.
Emocionados, os brasileiros acompanhavam as distantes aventuras de um Ivanhoé ou de um D'Artagnan, transportando-se, em espírito, para os campos e reinos da Europa.
Embora fizessem sucesso junto ao público, os primeiros romances brasileiros, publicados em folhetim, não deixavam de ser considerados, pelos literatos "sérios", como "uma leitura agradável, diríamos quase um alimento de fácil digestão, proporcionado a estômagos fracos."
O romance, esse gênero literário novo e "fácil", que foi introduzido na literatura brasileira por autores como Joaquim Manuel de Macedo e Teixeira e Sousa, ganharia status de literatura "séria" com a obra de José de Alencar.
Os primeiros romances brasileiros
Na década de 1840 começam a aparecer alguns folhetins de autores nacionais, ambientados no Brasil. Teixeira e Sousa (1812-1861), considerado por muitos o nosso primeiro romancista, estréia em 1843 com O Filho do Pescador.
No ano seguinte, o jovem estudante de medicina, Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), surge com A Moreninha, o primeiro romance nacional "apreciável pela coerência e pela execução". Em meio à corrente açucarada dos nossos primeiros folhetinistas surge, já em 1852/53, a obra excêntrica de um jornalista carioca de vinte e um anos chamado Manuel Antônio de Almeida (1831-1861).
As suas Memórias de um Sargento de Milícias retratam de forma irônica a vida do Rio de Janeiro "no tempo do rei" Dom João VI e apresentam um contraponto cômico à seriedade por vezes excessiva e à inverossimilhança dos romances do Dr. Macedinho.

A descrição do cenário nacional
O público interessava-se, portanto, cada vez mais por um romance de aventuras românticas que apresentasse o cenário brasileiro. O grande sucesso de público de O Guarani (1857), de José de Alencar, em que as aventuras de Peri e sua amada Cecília se desenrolam em meio à exuberante natureza fluminense, estimula os escritores a se voltarem para a apresentação da ambientação tipicamente nacional em suas obras.
Na década de 70 essa tendência nacionalista haveria de se consolidar, com o surgimento das obras de Franklin Távora (1842-1888), autor de O Cabeleira (1876) e o Visconde de Taunay (1843-1899), autor de Inocência (1872). É nesse cenário literário que aparece, em 1875, um dos maiores sucessos de público do período: A Escrava Isaura, que explora uma das questões mais polêmicas da sociedade brasileira da época, a escravidão.
O ENREDO
A história se passa nos "primeiros anos do reinado de D. Pedro II", inicialmente em uma fazenda em Campos dos Goitacazes (RJ). Isaura, escrava branca e bem-educada, é assediada pelo seu senhor, Leôncio, recém-casado com Malvina. Isaura se recusa a ceder aos apelos de Leôncio, como já fizera, no passado, sua mãe, que, por ter repelido o pai de Leôncio, fora submetida a um tratamento tão cruel que, em pouco tempo, morrera.
Para forçá-la a ceder, Leôncio manda Isaura para a senzala, trabalhar com as outras escravas. Sempre resignada, suporta passivamente o seu destino, porém, não cede a Leôncio, afirmando que ele, como proprietário, era senhor de seu corpo, mas não de seu coração: " - Não, por certo, meu senhor; o coração é livre; ninguém pode escravizá-lo, nem o próprio dono." Leôncio, enfurecido, ameaça colocá-la no tronco.
No entanto, seu pai, ex-feitor da fazendo, consegue tirá-la de lá e foge com ela para Recife (PE). Em Recife, Isaura usa o nome de Elvira e vive reclusa numa pequena casa com seu pai. Então, conhece Álvaro, por quem se apaixona e é correspondida.
Vai a um baile com ele, onde é desmascarada e reconhecida. Álvaro, ainda que surpreso, não se importa com o fato de ela ser uma escrava e resolve impedir que Leôncio a leve de volta, inclusive tentando comprá-la. Mas não consegue convencer o vilão, e este leva Isaura de volta ao cativeiro na fazenda.
Leôncio está praticamente falido e, com o objetivo de conseguir um empréstimo do pai de Malvina, consegue se reconciliar com a mulher, afirmando que Isaura é quem o assediava. Então, para punir Isaura, Leôncio manda que ela se case com Belchior, jardineiro da fazenda. Entretanto, Álvaro descobre a falência de Leôncio e compra a dívida dos seus credores, tornando-se proprietário de todos os seus bens, inclusive de seus escravos. No dia do casamento de Isaura, antes que se celebrasse a cerimônia, Álvaro aparece e reclama seus direitos a Leôncio. Vendo-se derrotado e na miséria, Leôncio suicida-se. Tudo termina, portanto, com a punição dos culpados e o triunfo dos justos. Como bem o sintetizou Carlos Alberto Vecchi:
"A estrutura narrativa de A Escrava Isaura segue o modelo folhetinesco das histórias românticas: para atingir seu ideal e obter o reconhecimento de todos, o herói tem que realizar uma jornada perigosa, onde a própria vida é colocada em risco.
O Amor, epicentro onde se debatem o Bem e o Mal, torna-se a força motriz que conduz ao restabelecimento do equilíbrio e da felicidade a todos que, em momento algum, se deixaram intimidar pelos desmandos de Leôncio. O Mal extirpado (o suicídio de Leôncio) cede lugar ao Bem. E aqueles que nortearam suas ações pelas virtudes maiores é que estão aptos a receber o prêmio daí decorrente."

OS PERSONAGENSA
A obra apresenta a tríade comum aos romances populares românticos: vilão, heroína e herói. E, graças à ausência de profundidade com que são construídos, os personagens do romance são planos, estáticos e superficiais.
Isaura, a heroína escrava, é branca, pura, virginal, possui um caráter nobre e demonstra "conhecer o seu lugar": do princípio ao fim, suporta conformada a perseguição de Leôncio, as propostas de Henrique, as desconfianças de Malvina, sem jamais se revoltar.
Permanece emocionalmente escrava, mesmo tendo sido educada como uma dama da sociedade. Tem escrúpulos de passar por branca livre, acha-se indigna do amor de Álvaro e termina como a própria imagem da "virtude recompensada".
Vejamos como Guimarães descreve sua heroína:

"A tez é como o marfim do teclado, alva que não deslumbra, embaçada por uma nuança delicada, que não sabereis dizer se é leve palidez ou cor-de-rosa desmaiada. (.) Na fronte calma e lisa como o mármore polido, a luz do ocaso esbatia um róseo e suave reflexo; di-la-íeis misteriosa lâmpada de alabastro guardando no seio diáfano o fogo celeste da inspiração."

Leôncio é o vilão leviano, devasso e insensível que, de "criança incorrigível e insubordinada" e adolescente que sangra a carteira do pai com suas aventuras, acaba por tornar-se um homem cruel e inescrupuloso, casando-se com Malvina, linda, ingênua e rica, por ser "um meio mais suave e natural de adquirir fortuna". Persegue Isaura e se recusa a cumprir a vontade de sua mãe, já falecida, que queria dar a ela a liberdade e alguma renda para viver com dignidade.Álvaro é um rico herdeiro, cavalheiro nobre e de caráter impecável, que "tinha ódio a todos os privilégios e distinções sociais, e é escusado dizer que era liberal, republicano e quase socialista"; um jovem de idéias igualitárias, idealista e corajoso para lutar contra os valores da sociedade a que pertence. Sua conduta moral é assim descrita pelo autor:
"Original e excêntrico como um rico lorde inglês, professava em seus costumes a pureza e severidade de um qualquer. Todavia, como homem de imaginação viva e coração impressionável, não deixava de amar os prazeres, o luxo, a elegância, e, sobretudo as mulheres, mas com certo platonismo delicado, certa pureza ideal, próprios das almas elevadas e dos corações bem formados."
Apaixonado por Isaura, o grande obstáculo que Álvaro precisa vencer é o fato de ser Isaura propriedade legítima de Leôncio. Para isso, vai à corte, descobre a falência de Leôncio, adquire seus bens e desmascara o vilão. Liberta Isaura e casa-se com ela, desafiando, assim, os preconceitos da sociedade escravocrata.
Nos demais personagens o processo de construção é o mesmo. Miguel, pai de Isaura, foge do conceito tradicional do mau feitor. Quando feitor da fazenda de Leôncio, tratara bem aos escravos e amparara Juliana, mãe de Isaura, nas suas desditas com o pai de Leôncio. Pai extremoso deseja libertar a filha do jugo da escravidão e não mede esforços para isso.
Martinho é o protótipo do ganancioso: cabeça grande, cara larga, feições grosseiras e "no fundo de seus olhos pardos e pequeninos,. reluz constantemente um raio de velhacaria". Por querer ganhar muito dinheiro entregando Isaura ao seu senhor, acaba por não ganhar nada.
Já Belchior é o símbolo da estupidez submissa e também sua descrição física se presta a demonstrar sua conduta: feio, cabeludo, atarracado e corcunda. O crítico Manuel Cavalcanti Proença aponta "o parentesco entre o disforme e grotesco (de gruta) Belchior, e o Quasímodo de O Corcunda de Notre Dame, de Víctor Hugo, romance de extraordinária voga, ainda não de todo perdida, no Brasil."
O Dr. Geraldo é um advogado conceituado, que serve como fiel da balança para Álvaro, já que procura equilibrar os arroubos do amigo, mostrando-lhe a realidade dos fatos.
Quando Álvaro, revoltado com a condição de Isaura e indignado com os horrores da escravidão, dispõe-se a unir-se a ela, mesmo sabendo que escandalizaria a sociedade, Geraldo retruca lucidamente que a fortuna de Álvaro lhe dá independência para "satisfazer os teus sonhos filantrópicos e os caprichos de tua imaginação romanesca". O que não é, na verdade, característica restrita apenas à sociedade escravocrata do século XIX.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

JORGE AMADO JORGE

Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado.
Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.
Publicou seu primeiro romance, O país do carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau.
Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.
Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai.
Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu na Tchecoslováquia, onde nasceu sua filha Paloma.
De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis. Doutor Honoris Causa por diversas universidades, Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.
A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em fitas gravadas para cegos.Em 1987, foi inaugurada em Salvador, Bahia, no Largo do Pelourinho, a Fundação Casa de Jorge Amado, que abriga e preserva seu acervo, colocando-o à disposição de pesquisadores. A Fundação objetiva ainda o desenvolvimento das atividades culturais na Bahia.
Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência, na Rua Alagoinhas, em 10 de agosto, dia em que completaria 89 anos.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

CARNAVAL

O carnaval acabou e posso dizer que foi tudo perfeito, aproveitei cada momento da festa que mais gosto nesse país. Estive ao lado de amigos que sei que posso contar em todos os momentos. Posso dizer que esse carnaval foi também de descobertas, pois percebi quem vale a pena ter minha amizade, mas a vida é maravilhosa porque temos sempre oportunidades de descobrir tudo na hora certa.
É muito bom criar minhas fantasias loucas no meio de cada bloco e ter o apoio de quem está ao meu lado, obrigado as amigas que ficaram algemadas a mim durante o percurso, obrigado também a todos que pintaram a cara comigo, obrigado também a quem rolou no chão e tomou banho de ice no meio da multidão (foi um momento único).
Valeu mesmo!!!
Jaguara, Aian (minha capital amada),Vando, Lucas Maceió, Marilia, Grazy, Ana Virginia (minha espaçosa favorita), Dorys e Agnaldo (Família), Rua e Milena, Vilmário, Dom e Juçara, Elaine, Laurinha...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

HOMENAGEM

Hoje acordei com uma notícia que não era muito boa. Ao levantar e entrar no meu orkut, vi o recado que uma pessoa muito querida tinha partido para outro plano. Trata-se de REGINA COELI, jornalista e escritora baiana. Tenho certeza que hoje os soteropolitanos perdem uma grande profissional.
Tive o prazer de ter contato com D. REGINA COELI e receber um livro seu autografado. Além de seu trabalho como jornalista e como escritora ela deixa uma pessoa maravilhosa que está sempre presente ao meu lado quando estou em Salvador, essa pessoa é minha amiga Ana Virgínia (minha espaçosa preferida).
Tenho certeza que D. REGINA COELI ficará para sempre na memória de cada pessoa que teve o prazer de viver ao seu lado. O fato de ser escritora já a deixa imortalizada.
Sinto não ter tido mais oportunidade de sentar com ela para discutir suas poesias, mas com certeza discutirei com meus alunos em sala de aula. Sua poesia consegue transfomar a realidade em lirismo.
Como ela afirma na poesia MÃOS: "Amigas íntimas da força
tuas mãos revelam a alma...
Força Aninha. Amo você!!!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Clarice Lispector

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
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Jorge Amado

Avô, mesmo que a gente morra, é melhor morrer de repetição na mão, brigando com o coronel, que morrer em cima da terra, debaixo de relho, sem reagir. Mesmo que seja pra morrer nós deve dividir essas terras, tomar elas para gente. Mesmo que seja um dia só que a gente tenha elas, paga a pena de morrer".
(Os Subterrâneos da Liberdade - Agonia da Noite)
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Cecília Meireles

"...Liberdade, essa palavraque o sonho humano alimentaque não há ninguém que expliquee ninguém que não entenda..."(Romanceiro da Inconfidência)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

DICAS DE LEITURA PARA O 1º BIMESTRE

Com o início das aulas começam as cobranças, já temos alguns livros para lermos:

1º ANO: A Moreninha: Obra do Romantismo Brasileiro escrita por Joaquim Manuel de Macedo em 1844. Esta obra caiu no gosto popular e ficou conhecida como primeira obra do Romantismo Prosa, pois a obra anterior escrita por Teixeira e Sousa não fez sucesso.
2º ANO: A Escrava Isaura: escrita por Bernardo Guimarães no Romantismo Brasileiro relata a história de Isaura, uma escrava branca.
3º ANO: O Guarani: obra indianista escrita no Romantismo Brasileiro por José de Alencar, conta a histórias de Peri e Ceci. Alencar coloca o índio Peri no meio do branco colonizador e o deixa na condição de cristão.
OBS.: Timba Alunos, depois deixo aqui para vocês os resumos de cada obra.
Saudações Timbalísticas!!!

AS FÉRIAS ACABARAM!!!

Voltei a rotina, as férias acabaram, mas fico feliz por retornar, pois faço o que gosto. Poxa como é bom reencontrar os amigos e principalmente os alunos, aluno novo chega, aluno antigo mata a saudade. Ser professor é sempre um recomeço, a cada momento tudo é novo, tudo é fascinante, curto demais ficar ao lado dos meus alunos, pois eles me renovam sempre. São meus timbaleirinhos do dia a dia.
De corpo e alma me entrego a eles para vmais um ano de trabalho e de sucesso.

domingo, 25 de janeiro de 2009

FÉRIAS!!!



Passando aqui de corpo e alma para matar um pouco da saudade.Sei que tenho andado meio ausente,mas é porque estou em férias, mereço descansar um pouquinho, curtir os amigos e vadiar (Como dizia Jorge Amado em D. Flor e seus dois maridos: - Tem coisa melhor do que vadiar?) rsrsrsrsr.
Abraços!!!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Momento Elis

Minha amiga Jaguara, hoje amanheci pensando em você e nas nossas conversas culturais, principalmente sobre Elis, poxa como é bom sentar ao seu lado e ficar imaginando tudo sobre essa grande cantora. Poxa como eu queria ter ido a um show de Elis com você, com certeza seria fascinante. É interessante observar que você já estava em meu caminho, pois não nos encontramos no show da Elis, mas nos encontramos num outro show que também gostamos. E essa outra banda agradece viu? Pois sei que você só gosta deles porque Elis morreu rsrrsrs. Beijos meu amor. Amo você minha onça.
Vai aí um pouquinho de Elis para você.
Elis Regina

"Se ser geniosa, exigente e não gostar de ser passada para trás é ser mau-caráter, então eu sou." Elis Regina de Carvalho Costa era assim como se descrevia. Uma índole vulcânica e explosiva, foi muitas vezes acusada de ser arrogante e antipática, embora os amigos não poupassem elogios à sua generosidade e companheirismo. Polêmica, sim, mas fora dos palcos, porque em cima deles era - e é até hoje - uma unanimidade. Dona de uma belíssima voz, excepcional técnica vocal e de uma sensibilidade musical incomparável. Em menos de 20 anos de carreira, gravou 31 discos, onde imortalizou algumas das mais belas canções da música popular brasileira em interpretações mais do que apaixonadas. Descobriu talentos como Milton Nascimento, João Bosco, Renato Teixeira, Tim Maia e Ivan Lins.
A gauchinha tímida e recatada que começou a carreira cantando na Rádio Farroupilha de Porto Alegre, cidade onde nasceu em 1945, deu lugar a uma mulher de personalidade forte e efusiva quando chegou ao Rio de Janeiro para tentar a sorte em 1962. Desde os 11 anos já fazia sucesso na provinciana Porto Alegre da década de 50, cantando no programa Clube do guri. A primeira vez que esteve na rádio para cantar, o nervosismo foi tanto que jorrou sangue do nariz sem parar, manchando o vestido branco de organdi que a mãe tinha feito para a ocasião tão especial. E foi assim até o fim da vida. Antes de qualquer apresentação, tremia, gaguejava e precisava do incentivo dos colegas para encarar a platéia.
Marca registrada No Rio de Janeiro, fez o primeiro show no antigo bar Botlle's, em Copacabana. As brigas e inimizades que Elis cultivou a vida inteira começaram a surgir neste tempo, quando ainda tinha 17 anos e precisava se esconder do Juiz de Menores que vez em quando aparecia por lá. Decepcionada com as constantes brigas entre os organizadores do show, um belo dia sumiu do mapa sem dar satisfações. Apareceu pouco tempo depois apresentando-se no bar vizinho, no primeiro de uma série de shows que faria com a dupla Miele e Ronaldo Bôscoli.
Nesta época, Elis criou os gestos que se tornariam sua marca registrada. Quando cantava, levantava os braços e girava-os como se fossem hélices de helicóptero. Por isso passou a ser chamada de Hélice. O apelido mais famoso seria dado por Vinícius de Moraes: Pimentinha. Uma palavra que exprime a miudeza física e personalidade explosiva.
Declarações bombásticas eram comuns nas entrevistas. Falou mal da Tropicália de Caetano e Gil e mais tarde gravou músicas dos dois. Desprezou a bossa nova do marido Ronaldo Bôscoli, mas gravou com Tom Jobim e Roberto Menescal os melhores discos de sua carreira. Chamou os militares da ditadura de 'gorilas', mas cantou na Olimpíada do Exército de 1972.
Brigas homéricas: O talento era intuitivo, Elis nunca estudou canto, teoria musical nem aprendeu a tocar qualquer instrumento que fosse. E fez do palco sua morada, o único lugar onde reinava absoluta e por isso não dividia a glória com ninguém. "Separar-me do palco é a mesma coisa que castrar um garanhão", disse em 1969 numa entrevista a Clarice Lispector. A cada apresentação aprimorava mais sua performance e o sucesso veio à galope, na esteira da bossa nova. Consagrou-se em 1965 cantando Arrastão, de Edu Lobo e Vinícius de Moraes no I Festival da TV Excelsior. Era então uma garota de 20 anos, mas costumava dizer que como cantora "tinha 40 anos bem-vividos". Na TV Record apresentou, ao lado de Jair Rodrigues, o programa Fino da Bossa, considerado até hoje um dos mais importantes da história da televisão brasileira. Com Jair gravou alguns de seus discos mais vendidos, Dois na Bossa, volumes I, II e III.
Do casamento de poucos anos com o compositor Ronaldo Bôscoli, em 1967, costumava dizer que só levou de bom o filho João Marcelo e um certo amadurecimento pessoal. Juntos protagonizaram brigas homéricas, geralmente em público. Nesta época, embarcou numa promissora carreira internacional que só não deu mais certo porque não conseguia ficar muito tempo longe do Brasil. No Olympia de Paris, em 1968, foi ovacionada e voltou ao palco seis vezes depois do final do show. Após temporada de sucesso na Europa, casou-se com o pianista e arranjador César Camargo Mariano, com quem viveu durante nove anos e teve dois filhos, Pedro e Maria Rita.
Presença constante na televisão, tinha uma legião de fãs que compravam seus discos e iam aos shows. Falso Brilhante, levou ao Teatro Bandeirantes mais de 280 mil pessoas em 257 apresentações, em São Paulo (1975/76). Só Elis era capaz dessas coisas.

VOCÊ SABIA? Quando Elis casou-se com Ronaldo Bôscoli, ninguém entendeu. Eram inimigos. Bôscoli chegou a produzir um show para a cantora Cláudia com o título Quem tem medo de Elis Regina? O cronista Carlinhos Oliveira escreveu: "Elis Regina terá o consolo de saber que a guerra do Vietnã é muito pior." Numa briga, Elis jogou fora a coleção completa de Frank Sinatra, ídolo do marido.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Um Grande Nome da Segunda Geeração Romântica.




Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em 1831 em São Paulo, e faleceu no Rio de Janeiro em 1852. Acometido pela tuberculose, morre antes de completar 21 anos. Sua obra não foi publicada em vida. É considerado o melhor poeta desta geração, e maior representante da poesia byroniana. Seus poemas expressam uma concepção de amor que ora idealiza a mulher, identificando-a como um anjo, ora representa-a envolvida por um grande erotismo e sensualidade. Cultivou também o tema da morte e do escapismo, quase sempre expressos num tom triste e amargurado. As poesias de Álvares de Azevedo constituem o melhor exemplo do Ultra Romantismo brasileiro.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

FÉRIAS!!!

Faz tempo que não entro em férias, acho que faz uns 5 anos. Poxa, já tinha esquecido essa sensação de liberdade. Finalmente pude parar um pouco e dar atenção aos amigos, pude parar um pouco para jogar conversa fora sem hora para voltar para casa e ter que acordar cedo no outro dia (na verdade hora para voltar para casa eu nunca tive, só tenho hora para acordar rsrsrsrsrsrs).